
Os ramos jogados à passagem
do Rei não podem ter efeito de homenagem ao Rei se não forem para cada um
comprometer-se com a nova mentalidade de ajudar a implantar um reinado da
justiça, do entendimento, da superação da violência, da solidariedade e da paz.
Só deve louvar aquele que vem com o novo reinado e quem estiver disposto a se
despir do egoísmo, da atitude de se julgar superior aos outros, de deixar de
ostentar vaidade e falta de compromisso com a promoção do bem comum.
O Rei pobre oferece sua vida
para implantar nova ordem social, em que cada um dá de si pela promoção de quem
é deserdado da vida digna. O profeta lembra sobre sua atitude: “Ofereci as
costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba” (Isaías 50, 6). A
petulância de quem se julga com o direito de escarnecer do Rei sofredor mostra
a insanidade do ser humano que judia dos pequenos, pensando que ficará impune
sua atitude diante do julgamento de Deus. Essa atitude continua a se efetivar
com os poderosos que não deixam os pobres se erguerem de sua vida segregada e
injustiçada. Jesus continua a sofrer vexames em inúmeras pessoas que não são
atendidas adequadamente em suas necessidades mais elementares. Assim não sobra
dinheiro para o atendimento da saúde, da educação, da segurança, do transporte
e tantas outras carências de grandes parcelas da população. A fome ainda grassa
um quarto da população terrestre, enquanto o desperdício de alimento se
verifica.
As guerras matam muito no
planeta; talvez não mais que no Brasil, onde mais de sessenta mil pessoas são
assassinadas por ano e mais de cinquenta mil morrem no trânsito! O Filho
de Deus quer entrar no coração de quem trabalha para superar as agressões à
vida. Ele é o Deus da vida e não da morte. Veio para dar vida. Seu reinado é o
da vida. Ele morreu na cruz para dizer-nos que também nós devemos dar a nossa
para a promoção do reinado da vida no planeta. Nós o aclamamos bendito porque
não veio tirar nada do que é nosso e sim dar-nos a base de sustentação da vida,
que é o amor. Este nos faz doar-nos para a promoção de quem mais precisa de
suporte para ter vida digna e de sentido!
A aclamar o Filho de Deus
como nosso Rei comprometemo-nos em implantar os valores de sua pessoa e se seus
ensinamentos em nossa convivência. Assim teremos mais promoção do bem
comum. Implantaremos mais solidariedade. Conforme o lema da Campanha da
Fraternidade, reconhecemos que “somos todos irmãos”.
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