No dia 6 de outubro de 2015 celebram-se os 50 anos
da morte do venerável padre Vicente Cimatti, SDB, grande missionário e fundador
da presença salesiana no Japão.
‘Romanhol’ de Faenza, provém de uma família de santos: dos três filhos
sobreviventes, ele é venerável; a irmã Maria Raffaella, sua irmã, da
Congregação das Irmãs Hospitalares da Misericórdia, foi beatificada em 12 de
maio de 1996; Luigi, salesiano irmão e missionário na América Latina, morreu em
conceito de santidade.
Aos três anos, o pequeno Vicente é já órfão de pai. Poucos dias depois é
levado pela mãe à Igreja Paroquial onde Dom Bosco está a pregar:
"Vicentinho, olhe, olhe lá Dom Bosco!" e o levanta acima da cabeça de
todos. Salesiano aos 17 anos, padre aos 24, Vicente acumula títulos de estudo:
diploma de composição pelo Conservatório de Parma; láurea em Filosofia, em
Pedagogia e em Agricultura, em Turim. Por 20 anos é professor e brilhantíssimo
compositor no Colégio de Valsálice, Turim.
No Natal de 1925 o então reitor-mor padre Rinaldi o manda como chefe a
fundar a missão e a obra salesiana no Japão, onde trabalhará por 40 anos.
Conquista o coração dos japoneses por sua finura e talento artístico: dirige
concertos com estrondoso sucesso e mais ainda com sua bondade. Vai aos mais
pobres, às crianças, aos velhos, aos doentes. Abre orfanatos, oratórios,
escolas profissionais. Funda em Tóquio uma editora.
Em 1935, a missão de Miyazáki-Oita se erige em Prefeitura Apostólica. E
o padre Cimatti se torna o primeiro superior com o título e insígnias de
‘Monsenhor’. Avesso a títulos, escreve imediatamente a Turim, pedindo que o
deixem trabalhar tranquilo e sem adornos como Dom Bosco. E aos amigos da Itália
que lhe tinham enviado o enxoval de monsenhor, devolve tudo imediatamente:
“Vendam tudo e mandem-me o dinheiro para os meus pobres”. Nomeiam-no a seguir
inspetor. Depois da terrível prova da Guerra (1939-45), reconstroi tudo com
redobrada coragem. Por fim retira-se, para abrir espaço aos jovens. Morre aos
86 anos no dia 6 de outubro de 1965. Dissera um dia: "Gostaria de morrer
aqui para tornar-me terra japonesa". Foi declarado ‘Venerável’ no dia 21
de dezembro de 1991.
Para recorrência e na esteira do bicentenário do nascimento de Dom
Bosco, o padre Gaetano Compri, guarda e difusor da memória do monsenhor
Cimatti, preparou uma nova publicação: “Padre Cimatti mestre de vida. Assim
viveu, assim escreveu”. Não se trata de uma biografia, mas do seu ensino e espiritualidade,
baseada nos trechos mais significativos das suas cartas. São 338 trechos,
postos em ordem cronológica, com breves palavras de ambientação. Um documento
de fé e de direção espiritual sobre os mais variados assuntos da vida, segundo
a espiritualidade de São Francisco de Sales e de Dom Bosco. Seu título é
revelador, porque Cimatti foi definido “o Dom Bosco do Japão”.
Fonte: boletimsalesiano.org.br
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