O Papa denunciou,
neste domingo, 30, as perseguições contra cristãos em várias partes do mundo,
exigindo o fim da violência e o respeito pela liberdade religiosa de todos.
“Há
mais mártires [hoje] do que nos primeiros séculos [do Cristianismo]”, alertou,
perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da
oração do Angelus.
Francisco
desafiou a comunidade internacional a fazer alguma coisa para que se ponha fim
à violência e aos abusos. “Também hoje, no Médio Oriente e em outras partes do
mundo, os cristãos são perseguidos”, lamentou.
Os
episódios de violência ou discriminação contra as comunidades cristãs têm-se
verificado em particular na Síria, Iraque, Paquistão, Nigéria ou China, com
destaque para a ação de grupos fundamentalistas como o autoproclamado ‘Estado
Islâmico’ ou o ‘Boko Haram’.
O
Papa falava a respeito da beatificação do bispo sírio-católico Flaviano Michele
Melki (1858-1915), martirizado durante o chamado ‘genocídio assírio’, que teve
lugar este sábado em Harissa, Líbano.
“No
contexto de uma tremenda perseguição contra os cristãos, ele foi defensor
incansável dos direitos do seu povo, exortando todos a permanecer firmes na
fé”, referiu.
Francisco
deixou votos de que a beatificação deste bispo mártir seja para os fiéis da
região um sinal de “consolação, coragem e esperança”. “Que seja também estímulo
para os legisladores e os governos, para que a liberdade religiosa seja
assegurada em todos os lugares”, acrescentou.
O
Beato Flaviano Michele Melki foi morto ‘por ódio à fé’ no dia 29 de agosto de
1915 em Djézireh, atual Turquia, durante um massacre perpetrado contra armênios
e membros de outras comunidades cristãs.
Por Canção Nova, com Agência
Ecclesia
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