A
Igreja celebra nesta quinta-feira (22/10), a memória litúrgica de São João
Paulo II, canonizado pelo Papa Francisco em 27 de abril do ano passado, junto
com São João XXIII.
Desde o início desta manhã, vários fieis estão visitando o túmulo
de São João Paulo II, na Basílica de São Pedro. Dentre os pontífices mais
amados da história, Karol Wojtyla foi em particular o “Papa da família”, como
recordou o Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (21/10), e dos
jovens, que o recordarão no próximo ano na Jornada Mundial da Juventude (JMJ)
de Cracóvia, sua terra natal.
Foi grande a sua devoção à Divina Misericórdia, aspecto que o liga
a Jorge Mario Bergoglio. Sobre a atualidade da pessoa e do Magistério de João
Paulo II e a ligação com o Papa Francisco, a Rádio Vaticano conversou com o
postulador da causa de canonização, Mons. Slawomir Oder.
“Não tenham medo, abram as portas a Cristo” é um pouco a síntese
de toda a vida de Karol Wojtyla. O que diz aos homens de nosso tempo a pessoa
de João Paulo II?
Mons. Oder: “De fato ‘Não tenham medo’ é uma palavra quase de
entrega e do testamento que ele nos deixou. Durante o processo de canonização e
depois sucessivamente em vários encontros que tinham como finalidade a memória,
a recordação de João Paulo II, nos meus encontros com as pessoas, esta frase
retorna como uma coisa que permaneceu em seus corações. É uma palavra que, mais
uma vez, nos ajuda a viver o momento presente como um momento para sair e viver
com generosidade a nossa vida, e não se contentar com a mediocridade, mas ter a
coragem de fazer escolhas exigentes, conscientes de que o Senhor está conosco e
nos sustenta em nosso caminho.”
Daqui a pouco terá início o Jubileu da Misericórdia. Esta é uma
das coisas que mais liga o Papa Francisco e São João Paulo II?
Mons. Oder: “Certamente, existe uma continuidade nesta realidade.
Sem dúvida, a experiência que os levou a considerar a realidade da Misericórdia
passa pela experiência pessoal de cada um, única e irrepetível. Porém, o
coração da mensagem é este: o homem precisa do Senhor, precisa da
Misericórdia.”
Outro aspecto característico dos dois é o amor pelo povo
Mons. Oder: “Absolutamente sim. Estou convencido de que esta
consciência da necessidade da Misericórdia de Deus, que nasceu através de vias
diferentes em cada um deles, provém do contato com o Povo de Deus, com as
pessoas. São os ‘Papas do Povo’, Papas amados, não são populares no sentido do
amor que os circunda, mas pela presença física e moral junto ao povo que
precisa sentir a proximidade cheia de afeto, de amor do pastor que não somente
com palavras, mas como uma presença paterna está junto ao Povo de Deus.”
No próximo ano se realizará a JMJ em Cracóvia, muito esperada. Francisco
que visita a terra de João Paulo II e encontra os jovens
Mons. Oder: “A coisa maravilhosa nesta entrega entre os pontífices
que se realizou de João Paulo II a Bento XVI, e de Bento XVI a Francisco, é o
fato de que nos sentimos ligados à figura de Karol Wojtyla, Bento XVI e Papa
Francisco. Mas a coisa mais importante, e isso eu experimentei pessoalmente e
através de meu contato com as pessoas, é que através desses pontífices, Pedro
representa Cristo nos fala e nos guia. É uma experiência extraordinária,
fantástica, viver esta continuidade da fé, do amor e da experiência na
consciência de ser Igreja.”
Nenhum comentário:
Nenhum comentáriosObservação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.