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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Mons. Oder: Wojtyla e Bergoglio, Papas do povo

A Igreja celebra nesta quinta-feira (22/10), a memória litúrgica de São João Paulo II, canonizado pelo Papa Francisco em 27 de abril do ano passado, junto com São João XXIII.
Desde o início desta manhã, vários fieis estão visitando o túmulo de São João Paulo II, na Basílica de São Pedro. Dentre os pontífices mais amados da história, Karol Wojtyla foi em particular o “Papa da família”, como recordou o Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (21/10), e dos jovens, que o recordarão no próximo ano na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia, sua terra natal.
Foi grande a sua devoção à Divina Misericórdia, aspecto que o liga a Jorge Mario Bergoglio. Sobre a atualidade da pessoa e do Magistério de João Paulo II e a ligação com o Papa Francisco, a Rádio Vaticano conversou com o postulador da causa de canonização, Mons. Slawomir Oder.
“Não tenham medo, abram as portas a Cristo” é um pouco a síntese de toda a vida de Karol Wojtyla. O que diz aos homens de nosso tempo a pessoa de João Paulo II?
Mons. Oder: “De fato ‘Não tenham medo’ é uma palavra quase de entrega e do testamento que ele nos deixou. Durante o processo de canonização e depois sucessivamente em vários encontros que tinham como finalidade a memória, a recordação de João Paulo II, nos meus encontros com as pessoas, esta frase retorna como uma coisa que permaneceu em seus corações. É uma palavra que, mais uma vez, nos ajuda a viver o momento presente como um momento para sair e viver com generosidade a nossa vida, e não se contentar com a mediocridade, mas ter a coragem de fazer escolhas exigentes, conscientes de que o Senhor está conosco e nos sustenta em nosso caminho.”
Daqui a pouco terá início o Jubileu da Misericórdia. Esta é uma das coisas que mais liga o Papa Francisco e São João Paulo II?
Mons. Oder: “Certamente, existe uma continuidade nesta realidade. Sem dúvida, a experiência que os levou a considerar a realidade da Misericórdia passa pela experiência pessoal de cada um, única e irrepetível. Porém, o coração da mensagem é este: o homem precisa do Senhor, precisa da Misericórdia.”
Outro aspecto característico dos dois é o amor pelo povo
Mons. Oder: “Absolutamente sim. Estou convencido de que esta consciência da necessidade da Misericórdia de Deus, que nasceu através de vias diferentes em cada um deles, provém do contato com o Povo de Deus, com as pessoas. São os ‘Papas do Povo’, Papas amados, não são populares no sentido do amor que os circunda, mas pela presença física e moral junto ao povo que precisa sentir a proximidade cheia de afeto, de amor do pastor que não somente com palavras, mas como uma presença paterna está junto ao Povo de Deus.”
No próximo ano se realizará a JMJ em Cracóvia, muito esperada. Francisco que visita a terra de João Paulo II e encontra os jovens
Mons. Oder: “A coisa maravilhosa nesta entrega entre os pontífices que se realizou de João Paulo II a Bento XVI, e de Bento XVI a Francisco, é o fato de que nos sentimos ligados à figura de Karol Wojtyla, Bento XVI e Papa Francisco. Mas a coisa mais importante, e isso eu experimentei pessoalmente e através de meu contato com as pessoas, é que através desses pontífices, Pedro representa Cristo nos fala e nos guia. É uma experiência extraordinária, fantástica, viver esta continuidade da fé, do amor e da experiência na consciência de ser Igreja.”

 Fonte: noticiascatolicas.com.br

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